Eu ando cansada dessa poesia que não engrandece
Se Raul Seixas estivesse vivo
Certamente riria do mundo
Riria da poesia medíocre e retrógrada
Que ainda hoje se cisma escrever
Enquanto eu me canso dessa poesia irreflexiva
Que somente prescreve o que deve ser feito
O poeta me diz “o certo é o errado e o errado é o certo”
E eu não tenho colírio nem uso óculos escuros
Atualmente estou cega, com uma visão enferrujada.
Minha poesia já não tem voz
E a vida alternativa é mito, utopia
Tudo que faço é controlado
Pelo sistema, pela crítica
Pelo meu chefe, minha mãe, pelo...
Tudo nesse mundo me lembra um carimbo
Se não for carimbado, registrado, com selo de qualidade
Não será lido, não será pensado
O que eu queria mesmo era fazer parte disso
Mas eu não posso, isso tudo não sou eu.
“Plut plat zum” eu estou me partindo
Mas não sem problema algum
mas é melhor assim
porque se eu parar...
eu juro
que não aguento...
Enquanto isso... Camila ri com seus olhos pequenos... Ri de mim!
Quel, eu vivia puto com esses tipos de poesias (e poetas). Até que conheci as tuas poesias! Elas me fizeram saber que eu não estava nem louco nem rabugento. Aí poetisa, você com tua imensa delicadeza me mostrou mais poetas não carimbados...e a poesia voltou a ter gosto de vida! Pra variar, adorei teu escrito. Belo! p.s - ando em falta com Camila (a garota é 10). logo a visitarei. manda um abraço pra ela!
ResponderExcluirRaulzito faz uma falta danada, mas penso que se ele estivesse vivo sofreria por saber que merda a música que toca na mídia nacional e estrangeira se tornou. Fora tantas bizarrices artísticas e pseudo-artes agraciadas como grandes artes que envergonham quem aprecia a qualidade de uma boa obra.
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