Deixa que eu deite em seu colo
sentindo suas coxas seguras
e seu carinho em meu cabelo
me fazendo lembrar do que nunca tive...
Deixa o tempo celeste dos relógios
passar como se não fosse hora
Inês já é mesmo morta
ama, pois, a mim...
deixa eu amar a ti...
Repousa seus pensamentos em meus olhos
Olhos profundos
de pássaro demente
Porque eu já não sou milagre
E só preciso de um colo,
colo companheiro...
Deixa-me deitar em seu colo
Cochilar como uma mariposa silente
Na parede iluminada de incandescencia
Repousa em meu peito sua mão doce
Dorme em meu sonho,
só não me deixa...
Raquel Donegá
Respeite os direitos autorais.
Gostei da suavidade dessa poesia que com graça pede pelas carícias, deixando-se envolver pelo companheirismo e bons momentos marcantes que pedem uma durabilidade entre tantas tribulações da vida, que esta tanto nos açoita esfregando o sal grosso da realidade em nossas feridas.
ResponderExcluirResposta à "Deixa"
ResponderExcluirsó não me deixa...
Sim, Mariposa, deixarei você descansar,
mas com uma condição:
Que seus olhos estejam, para mim,
eternamente abertos,
para que eu me delicie em su'alma.
Não ligue para o tempo...
Ele é ilusão... Não percebe?
Se você realmente me ama,
mesmo que não se lembre,
você sempre me amou,
pois o Amor é eterno...
Ah! E tem mais...
Inês ainda vive.
A culpa? Dos eternos amantes!
Adorável poema!
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