A mãe era bipolar e parou de tomar remédios quando engravidou, para compensar voltou a fumar, achava que era melhor nicotina do que Rivotril“ ou Lexotan“.
Aos cinco anos de idade ele já era mestre em conversar com os amiguinhos, sempre conciliador, era posto pela professora ao lado dos mais chatos, porque era capaz de segurá-los contra a parede para que não saíssem de lá.
Na adolescência viveu todas as modas possíveis, cabelo cumprido, cabelo espetado, moicano... colorido, preto e branco, listas e xadrez. Sentava-se a cada dia em um lugar diferente, não tinha turma, era de todas as tribos. Sua casa era o lugar onde menos gostava de estar nessa época. Até que um dia alguém lhe disse:
- Cara, você devia ser psicólogo, gosta tanto de conversar...
Era nítido que a pessoa estava certa. Fez faculdade, bebeu, fumou, cheirou, se formou, enfim, sem muitos méritos, mas no estágio descobriu que gostava mesmo de clinicar.
Especializou-se em cases suicidas. Convenceu diversas pessoas a não se matarem porque sua vida devia valer a pena.
Um dia, no entanto, percebeu que não era feliz. Fez terapia (novamente, porque na graduação ele já fazia), viajou e na volta, quando chegou à sua casa percebeu que sua vida não fazia o menor sentido. Engoliu todos os comprimidos de sua mãe.
Em seu túmulo, alguém escreveu à giz: “diga-me com quem andas e eu lhe direi quem és”.
Gostei desse conto, é curtinho mas é profundo e instigante. Existem casos assim, esse conto mostra uma demagogia clássica do detestável chavão popular "faça o que digo, não faça o que eu faço". Gostei mesmo.
ResponderExcluirMARAVILHA...MARAVILHA...MARAVILHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! VC NÃO TEM IDÉIA DO QUANTO FIQUEI CONTENTE AO VER TEU BLOG. VC É!!!!!!!! O SUICIDA TOMOU ARAK COM OS CALMANTES?SE NÃO TOMOU, NÃO SABE O QUE PERDEU ANTES DE IR PARA O NIRVANA RSRSRSRS. BJÃO!!!!!!!!!!!!! Buca
ResponderExcluirObrigado pelo Elogio, depois eu passo com mais calma pra comentar os seus.
ResponderExcluirBju.