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sábado, 24 de março de 2012

Divagações de uma ex-poetisa


Sim, eu adoro barulho da chuva

Mas minhas horas passam e eu nem sei que dia é
no fundo, só espero que o tempo mude
quando chove, quero sol
quando faz sol, quero chuva
se caem as folhas, quero flores
se nascem flores, quero a brisa e o céu azul...

No fundo mesmo,
sou só uma bolha de sabão
prisioneira do vento
e do sopro

Tão prisioneira, que só agora
- SÓ AGORA! -
ouso estourar a película química
e voltar a ser ar.

2 comentários:

  1. Esse texto apresenta uma variabilidade do que se quer e uma mutação de papel a ser assumido.

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  2. "ouso estourar a película química
    e voltar a ser ar."

    Pois é... Só agora que esse eu-lírico se deu conta de que é livre!
    Respirar fundo e, enquanto abre os braços, expirar olhando para o infinito!
    Sorrir e perceber que a liberdade é o mais prazeroso dos prazeres...rsrsrs
    Ex-poetisa?! Engano seu...
    Eterna poetisa, Donegá!

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