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domingo, 5 de junho de 2011

JARDIM INFÉRTIL

Deixei que desenhasse flores no meu corpo
Lançasse semente onde pudesse alcançar
Mas o tempo passou e a chuva não veio
Irrigar sonhos, que seriam seu pomar

Por fim, vi-me terra infértil onde nada dá
Aceitei o destino ingrato e a seca do chão
Devo ser Saara, deserto quente a matar
Ermo abismo, tempestade de ingratidão

Mas porque jogou flores em jardim infértil?
Questão que nunca se poderá responder
A vida tem verdades que o universo esconde
Mostra, às vezes para mim, outras pra você

Mas de que valem sementes tão boas
Em horto de floração inorgânica?
Guarda, por isso, as sementes de amor
Que a vida traz a sementeira canônica.

2 comentários:

  1. O poema é interessante, revela um sentimento de desconexão com os padrões sociais e dessa desconexão surgem outros eventos a avaliar.

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  2. Essas verdades nem sempre são exatas seja para você ou para mim. O poema intriga, faz pensar... É sapiencial!

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